Casal é condenado a 4 anos de prisão por manter jovem em situação análoga à escravidão no Acre
07/12/2024
Crimes foram praticados contra uma adolescente, que na época tinha 15 anos, em 2017. Vítima morava em Tarauacá e foi levada para a Bolívia, onde viveu em condições abusivas. Adolescente foi levada para Bolívia e viveu em situação análoga à escravidão em 2017
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Uma mulher brasileira e o marido boliviano foram condenados a 4 anos de prisão por tráfico de pessoas e trabalho escravo. Os crimes foram praticados contra uma adolescente, que na época tinha 15 anos, em 2017. O caso foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal, responsável pela sentença.
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O casal não teve a identidade revelada, portanto, o g1 não conseguiu contato com a defesa. Segundo a Justiça Federal, a mulher foi até um seringal da zona rural de Tarauacá, interior do Acre, e convenceu a adolescente a ir com ela sob a promessa de que iria estudar e trabalhar como vendedora de doces em Rio Branco.
A decisão destaca que o casal se aproveitou da situação da adolescente, que é de origem humilde, órfã de mãe e com um pai alcóolatra, para fazer falsas promessas e a levar para Cobija, na Bolívia, para trabalhar em condições análogas a de escravo.
Saiba o que é trabalho escravo
Além desse caso, o casal é acusado também de aliciar outras crianças e adolescentes e 'levá-las para Bolívia, submetendo-as a trabalho em condições análogas à de escravo, em detrimento dos direitos a elas inerentes'.
Os acusados ficaram sob monitoramento por pelo menos quatro anos. Neste período, o Conselho Tutelar de Epitaciolândia, cidade vizinha à Cobija, 'registrou várias denúncias contra o casal, inclusive com outra ação penal em andamento, na fase final para sentença.
A pena foi convertida em restrição de direitos e o casal deve pagar R$ 5 mil e doar alimentos mensalmente durante quatro anos. O homem e a mulher recorrem da sentença em liberdade.
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