'Foi debaixo do nosso nariz', diz tia de adolescente salva por hacker que ajudou polícia a impedir estupro e prender suspeito

  • 07/12/2024
(Foto: Reprodução)
Hacker Vitória Okida, de Araçatuba (SP), conseguiu evitar que a adolescente, de 15 anos, fosse estuprada após monitorar conversas dela com o suspeito na plataforma Discord. Parte da conversa do suspeito Barbey dizendo que iria estuprar a vítima Reprodução/Discord A tia da adolescente de 15 anos, moradora de São Paulo (SP), que quase foi abusada sexualmente por um homem que conheceu em uma plataforma de conversas falou sobre a importância do trabalho desenvolvido pela hacker Vitória Okida, de Araçatuba (SP), que conseguiu evitar o crime e auxiliar a polícia na prisão do suspeito. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp O caso ocorreu em março deste ano. Na ocasião, Vitória, de 24 anos, que é estudante de engenharia de software e atua de forma voluntária em investigações policiais ligadas a plataformas de chats digitais, começou a monitorar uma conversa entre o suspeito e a adolescente pelo Discord. À época, o investigado atuava com um usuário do sistema usando o nome de Barbey e, durante um diálogo com outros membros, disse que pretendia estuprar a adolescente (veja acima). Em outro momento, o suspeito também afirmou que iria levar uma lâmina para o encontro e passar no pescoço da vítima. Parte da conversa onde o "Barbey" diz que irá levar uma lâmina para cortar o pescoço da vítima Reprodução/Discord Durante as conversas, o investigado também publicou dados pessoais dos familiares da vítima, que foram cruciais para a hacker conseguir localizar contatos de parentes. Em seguida, Vitória enviou uma mensagem ao pai da vítima, que, inicialmente, imaginou se tratar de algum tipo de golpe, mas, em pouco tempo, começou a perceber que a situação era real e estava próxima de acontecer. A tia, que preferiu não ser identificada e também foi contatada pela hacker, conta que a família teve muita sorte por ter recebido apoio de profissionais como Vitória e da Polícia Civil, que monitoraram os diálogos e conseguiram evitar que o crime acontecesse. "Foi muita sorte ter encontrado pessoas tão capacitadas e de bom de coração nessa luta. Acredito que, se não fossem eles, não era para a minha sobrinha nem estar viva hoje", afirma. O encontro entre a adolescente e o suspeito seria marcado em um shopping da capital paulista, porém, diante das evidências, os familiares da menina procuraram a polícia e registraram um boletim de ocorrência. Print da conversa no Discord do suspeito Barbey com uma outra pessoa Reprodução/Discord A tia da adolescente reforçou que, antes do ocorrido, não tinha noção dos perigos do uso indiscriminado da internet por menores de 18 anos. "Eu não tinha conhecimento de quão perigoso era. Foi um baque muito grande para toda a família e ficamos desconcertados. Foi debaixo do nosso nariz que isso ocorreu", explica. Vitória Okida, de Araçatuba (SP), é estudante de engenharia de software e ajuda a polícia com casos de crimes digitais Arquivo pessoal Crimes cibernéticos Os casos de crimes cibernéticos estão se tornando cada vez mais comuns e muitos deles envolvem crianças. A principal forma de evitá-los é conscientizando as vítimas. Os pais também devem monitorar a rotina dos menores e acompanhar qualquer tipo de conversa por meio de plataformas digitais. Ao g1, o delegado de Santa Fé do Sul (SP), Higor Nogueira, de 44 anos, orienta os pais ou responsáveis em relação aos cuidados necessários nestes casos: "O primeiro passo e mais importante é documentar tudo: capturas de tela, e-mails, ligações e qualquer comunicação que tenha sido relevante com o suspeito", explica. Higor também reforça que um boletim de ocorrência deve ser feito, seja pela internet, pelo site da Polícia Civil ou em uma delegacia. Conscientização nas escolas Além de ajudar a polícia voluntariamente em casos de crimes cibernéticos, Vitória ministra palestras por meio de um projeto chamado "Conscientizar". As atividades são realizadas em escolas da região de Araçatuba. Ela conta que, depois de perceber um aumento no número de crimes virtuais, decidiu criar o projeto para explicar aos jovens que internet não é brincadeira: "A internet é um lugar em que as pessoas podem ser identificadas e responder criminalmente pelos seus atos", reforça. Atualmente, a jovem já percorreu diversas instituições de ensino e cerca de 2 mil alunos já assistiram às palestras dela. Vitória busca um diálogo com os adolescentes falando sobre a necessidade de proteção no ambiente digital. Vitória realizando uma das palestras gratuitas que ela faz nas escolas Arquivo pessoal Na região noroeste paulista, o delegado Higor também desenvolve um projeto junto à Polícia Civil de Santa Fé do Sul (SP) que ajuda a combater crimes como bullying e cyberbullying. Diversas palestras são desenvolvidas em escolas do município, com a finalidade de unir educação e conscientização. Para atingir o público mais jovem, a polícia ainda realiza ações por meio de vídeos educativos nas redes sociais. "As palestras são realizadas tanto em instituições de ensino privadas quanto públicas e explicam como esses crimes impactam no psicológico, emocional e social dessas vítimas, além de informar como se proteger", explica. Algumas das palestras realizadas pelo delegado Higor Nogueira, de Santa Fé do Sul (SP), sobre o ambiente digital Arquivo pessoal *Colaborou sob supervisão de Henrique Souza Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2024/12/07/foi-debaixo-do-nosso-nariz-diz-tia-de-adolescente-salva-por-hacker-que-ajudou-policia-a-impedir-estupro-e-prender-suspeito.ghtml


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