Rebeldes sírios expandem controle territorial, aproveitando-se do menor apoio de Rússia e Irã ao regime de Bashar al-Assad
07/12/2024
Grupos rebeldes avançaram nesta sexta-feira (6) em direção à terceira maior cidade da Síria, com a intensificação da guerra civil iniciada 13 anos atrás. Maioria dos ministros do STF rejeitam recurso e mantém Moraes como relator do inquérito do golpe
Grupos rebeldes avançaram nesta sexta-feira (6) em direção à terceira maior cidade da Síria, com a intensificação da guerra civil iniciada 13 anos atrás.
Um mapa mostra o ritmo no qual os rebeldes expandiram o controle no território sírio, em pouco mais de uma semana. Nesta sexta-feira (6), os extremistas do grupo Hayat Tahrir al-Sham, ou Organização para a Liberação do Levante, que tem origem na Al-Qaeda, expulsaram o exército sírio das cidades de Talbisa e Rastan.
Elas ficam a cerca de 15 quilômetros de Homs, a terceira cidade mais populosa do país. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, milhares de moradores de Homs fugiram de casa durante a noite em direção ao sul da Síria, onde o presidente do país, o ditador Bashar al-Assad, ainda mantém o controle.
O governo sírio conseguiu, por mais de uma década, manter o controle do país em uma guerra civil que matou 500 mil pessoas – 200 mil eram civis. Agora, o regime de Assad começou a perder cidades importantíssimas em questão de dias. Sabe o que foi que mudou para isso acontecer? A resposta está a 1600 km dali, na guerra na Ucrânia.
O principal aliado sírio é a Rússia. Foi o regime de Vladimir Putin que deu suporte para o governo de Assad durante todos esses anos. Agora, com foco na Ucrânia, o Kremlin não consegue dar o mesmo apoio.
Grupos rebeldes avançaram nesta sexta-feira (6) em direção à terceira maior cidade da Síria
Reprodução/TV Globo
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse que a escalada do conflito mostra que a Rússia não consegue lutar em duas guerras ao mesmo tempo.
Outro grande aliado sírio é o Irã, que também está envolvido nos conflitos com Israel e no Iémen.
Ainda assim, neste sábado (7), os ministros das Relações Exteriores da Turquia, da Rússia e do Irã vão se encontrar para discutir a situação. Nos últimos dias, a Rússia fez ataques com mísseis para tentar conter o avanço dos rebeldes na Síria. Destruiu pontes e avenidas.
Mas até agora, os ataques mostraram pouca eficiência diante da ofensiva relâmpago dos rebeldes, que tem acendido mais um alerta no Oriente Médio.
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